Hoje é Dia da Independência do Brasil, e nada melhor do que indicar um livro relacionado com a história e com a situação atual do nosso país.
O livro “Por que o Brasil é um país atrasado?” foi escrito por Luiz Philippe de Orleans e Bragança, descendente da Família Imperial brasileira que infelizmente teve parte da sua história e memórias destruída pelo fogo no último domingo.
Neste livro o autor discorre sobre todas as formas de governo que surgiram na história, percorrendo o caminho desde as cidades-estado de Atenas, Esparta, passando por Roma, Estados Unidos e seus Founding Fathers, até chegar no Brasil e sua história de diferentes formas de governo desde a proclamação da Independência em 1822, até os dias de hoje, após o impeachment da presidente Dilma Roussef.
O livro tenta esclarecer porque algumas maneiras de se governar e distribuir o poder trazem prosperidade e estabilidade para a nação, enquanto outras terminam em um governo ditatorial e tirânico. O mais curioso é saber que os gregos já tinham essa resposta há muito tempo, mas parece que os humanos que vieram depois não conseguiram compreender tamanho conhecimento.
Dois pontos que estão no livro e que eu concordo são:
- no Brasil, não temos separação entre o chefe de governo e o chefe de estado. O presidente acumula as duas funções, o que o torna superpoderoso e permite conchavos, conluios e corrupção para favorecer seus apoiadores. A grande parte dos países que hoje são desenvolvidos tem essa separação;
- a maioria dos recursos e legislações fica a cargo de Brasília, que decide o que fazer com o dinheiro, o que pode e o que não pode ser feito. Isso deixa os estados e municípios engessados, sem ter muito o que fazer para captar recursos ou alterar leis. O ideal é que essa pirâmide fosse invertida: os municípios devem concentrar a maior parte das leis, recursos, impostos, enquanto a União fica responsável apenas pelos aspectos de interesse nacional, como a defesa, a moeda, o idioma etc.
O primeiro item aconteceu aqui no Brasil na época do Império, já que tínhamos a figura do imperador e do primeiro-ministro, cada um com sua função. Já o segundo item tem como exemplo os Estados Unidos, onde a constituição é bem pequena, e os estados ficam responsáveis por grande parte das leis, inclusive as que envolvem temas sensíveis como aborto, drogas, armas e imposto de renda.
O texto também ajuda a entender porque o Brasil imperial foi tão próspero e avançado, enquanto a república está sempre patinando, entrando em sucessivas crises, tendo golpes, ditaduras e novas constituições. Claro que quando falo isso, é comparado ao resto do mundo no século XIX. Só para o leitor ter uma ideia, a Constituição que durou mais tempo no Brasil foi a promulgada em 1824, que só foi revogada em 1889, devido ao golpe militar feito pelos republicanos e que derrubou o Imperador D. Pedro II.
Gostei do livro e recomendo muito a leitura para quem se interessa por história e política. A leitura corre fácil, e o livro tem muitos quadros explicativos que facilitam muito a compreensão do conteúdo. Acredito que essa leitura é um bom complemento para o tema Eleições, que já abordei aqui recentemente:
Eleições x Investimentos: devo me preocupar?
Eleições x Investimentos: escolhendo seu candidato
Além do livro, o autor posta frequentemente no seu site: lpbraganca.com.br
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Por que o Brasil é um país atrasado? – Luiz Philippe de Orleans e Bragança
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Vida Rica,
“No Brasil, não temos separação entre o chefe de governo e o chefe de estado. O presidente acumula as duas funções, o que o torna superpoderoso e permite conchavos, conluios e corrupção para favorecer seus apoiadores.”
Boa observação. Por isso a divisão de tarefas é importante, pois inibe a corrupção.
Há algum tempo fiz um post sobre o tema:
https://simplicidadeeharmonia.blogspot.com/2016/10/por-que-alguns-paises-sao-pobres-e.html
Um bom final de semana!
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