Inflação: a velocidade do fim do mundo

Foto por Clive Kim em Pexels.com

Saudações, inflacionistas!

Certa vez fiz um texto aqui explicando sobre liquidez de investimentos em geral. Dessa vez, vou apelar novamente para a analogia da velocidade, mas para explicar outro fenômeno: a inflação.

Basicamente, o dinheiro é radioativo. Ele tem uma meia-vida, e com o passar do tempo ele vai valendo cada vez menos. Falei sobre isso neste outro texto: A meia-vida do dinheiro.

A taxa de inflação é a velocidade com a qual a moeda vai perder seu valor, seu poder de compra. Quanto maior a taxa de inflação, menos tempo leva este processo. Quando chega ao limite, o que os governos pelo mundo costumam fazer é criar uma nova moeda. O Brasil que o diga. Desde a Independência, em 1822, tivemos absurdas NOVE moedas diferentes:

  1. Réis – do período colonial a 1942
  2. Cruzeiro – de 1942 a 1967
  3. Cruzeiro Novo – de 1967 a 1970
  4. Cruzeiro – de 1970 a 1986
  5. Cruzado – de 1986 a 1989
  6. Cruzado Novo – de 1989 a 1990
  7. Cruzeiro – de 1990 a 1993
  8. Cruzeiro Real – de 1993 a 1994
  9. Real – de 1994 aos dias atuais

Claro, pode acontecer de uma moeda ainda durar muito tempo antes de acabar. Tudo depende da relação dela com as outras moedas do mundo. Se ela for uma moeda forte, com alta demanda, ela vai durar mais em relação às moedas mais fracas, com baixa procura.

O que importa é que, no final, qualquer moeda vai valer muito menos do que quando foi criada, até chegar ao ponto dela ser eliminada e substituída por outra. É assim desde a antiguidade. A história se repete em ciclos.

Um abraço,

Marcelo.

Sugestão de leitura

Bitcoin – Fernando Ulrich

Crash – Alexandre Versignassi

Processando…
Sucesso! Você está na lista.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.