Financiados e financiadas, saudações!
Lá pelos idos de 2019, a grande novidade do mercado imobiliário pré-pandemia era a possibilidade de fazer financiamentos atrelados a uma taxa fixa + IPCA. Os juros seriam calculados da mesma maneira que um Tesouro Direto IPCA+, a única diferença é que agora seriam contra você.
Na época, foi um oba-oba geral, com muita gente aderindo, dizendo que era um ótimo negócio, mesmo com os riscos. Eu achei arriscado, já que no Brasil até o passado é incerto, como diria o ex-ministro Pedro Malan.
As previsões em 2019 eram otimistas pelo fato do IPCA estar bem baixo, até abaixo da meta. Mas, como sabemos, a inflação é imprevisível. Não dá pra saber como será o índice de aumento dos preços daqui 1, 5, 10 ou 20 anos.
E o esperado aconteceu. Com o IPCA elevado, as parcelas dos financiamentos dispararam, e isso já afetou o bolso de muita gente: https://www.metropoles.com/brasil/com-alta-da-inflacao-uso-de-ipca-na-compra-de-imoveis-vira-problema.
Então, fica a dica: sempre que for entrar em uma dívida, principalmente de longo prazo, opte sempre por um índice fixo de juros. Jamais escolha um índice que seja tão volátil como o IPCA ou o IGPM, por mais que a situação econômica do país pareça controlada quando você estiver contratando o financiamento.
No Brasil, até o passado é incerto.
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