A sutil arte de ligar o f*da-se

Saudações, leitoras e leitores!

Hoje trago os meus destaques da leitura que fiz do livro A sutir arte de ligar o f*da-se, de Mark Manson.

Gostei bastante do livro em geral, mas o capítulo que mais me chamou a atenção, mais me interessou, foi o último, onde ele fala sobre a morte. E por coincidência, eu estava lendo junto com este livro o Preparação para a morte, de Santo Afonso Maria de Ligório, então meio que uma leitura complementou a outra, quase sem querer.

O livro é bom, realmente bom, entendo todo o sucesso que ele teve há algum tempo, mas o ponto negativo são os palavrões. Não acho necessário usar de linguagem chula para transmitir uma ideia com força, com qualidade. Os palavrões poderiam ser eliminados do livro que não faria falta alguma.

Abaixo, os destaques que fiz durante a minha leitura:

Tudo que vale a pena na vida só é obtido ao superar o sentimento negativo associado a ele.

Evitar o sofrimento é uma forma de sofrimento.

Sutileza no1: Ligar o foda-se não significa ser invulnerável, mas se sentir confortável com a vulnerabilidade.

Se você estiver sempre dando importância demais para tudo quanto é coisinha (a nova foto que seu ex postou, as pilhas do controle remoto que acabaram de novo, a promoção de sabonete líquido que você perdeu), é bem possível que sua vida esteja um marasmo e você não tenha nada legítimo com que se importar. Esse é seu verdadeiro problema. Não o sabonete líquido. Não o controle remoto.

Quando somos jovens, tudo é novo e empolgante, e tudo parece absurdamente significativo. Aí damos importância a tudo. Ligamos para tudo e todos: o que estão falando de nós, ou se aquele garoto ou garota vai ligar, se estamos usando meias do mesmo par, de que cor são nossos balões de aniversário.

Uma delas foi a seguinte: a vida em si já é uma forma de sofrimento. Os ricos sofrem por serem ricos. Os pobres sofrem por serem pobres. Pessoas sem família sofrem por não terem família. Pessoas com família sofrem por causa da família. Pessoas que buscam os prazeres mundanos sofrem por causa dos prazeres mundanos. Pessoas que se abstêm dos prazeres mundanos sofrem por se absterem. Isso não significa que todo sofrimento seja igual. Sem dúvida, alguns são mais dolorosos que outros, mas mesmo assim todos sofremos.

— A vida é basicamente uma série interminável de problemas, Mark — afirmou o Panda. Ele tomou mais um gole do drinque e ajeitou o guarda-chuvinha cor-de-rosa que adornava o copo. — A solução de um problema é apenas o início do próximo.

A felicidade está em resolver problemas.

A obsessão e a atenção exagerada aos sentimentos sempre falham pela simples razão de que sentimentos não duram. O que nos faz feliz hoje não nos fará feliz amanhã, porque nossa biologia sempre vai demandar algo mais.

Tudo vem com um sacrifício embutido, ou seja, o que nos faz bem vai inevitavelmente nos fazer mal também. O que ganhamos também é o que perdemos. O que nos proporciona experiências positivas definirá também as negativas.

Uma pergunta mais interessante, que a maioria das pessoas nunca considera, é: “Qual dor você quer na vida? Pelo que você está disposto a lutar?” Porque isso é muito mais determinante na definição do seu futuro.

Por exemplo, muita gente quer ter a melhor sala do escritório e ganhar rios de dinheiro — mas não é qualquer um que está disposto a trabalhar sessenta horas por semana, fazer longos trajetos indo e voltando do escritório, preencher uma montanha de papelada odiosa e vencer hierarquias corporativas arbitrárias só para escapar dos opressores cubículos infinitos.

Porque a felicidade exige esforço. Ela se origina dos problemas. A alegria não brota do chão como margaridas ou surge no céu como um arco-íris. Satisfação e propósito genuínos, sérios e duradouros devem ser conquistados pela escolha e pela maneira como conduzimos nossas batalhas.

O que determina o sucesso não é “De que prazer você quer desfrutar?”. A questão relevante é: “Qual dor você está disposto a suportar?” O caminho da felicidade é cheio de obstáculos e humilhações.

Eu queria a recompensa e não as dificuldades. Queria o resultado e não o processo. Eu não era apaixonado pela luta, e sim pela vitória. E a vida não funciona assim.

Hoje, sabemos que adversidade e fracasso são muito úteis e até mesmo necessários para o desenvolvimento de adultos determinados e bem-sucedidos. Hoje, sabemos que fazer as pessoas acreditarem que são excepcionais e se sentirem bem consigo mesmas sem fundamento não cria uma população de Bill Gates e Martin Luther Kings.

Grande parte dos conselhos disponíveis por aí age no nível mais superficial, tentando fazer as pessoas se sentirem bem a curto prazo, enquanto os verdadeiros problemas a longo prazo nunca se resolvem.

Negar sentimentos negativos só os aprofunda e prolonga, levando a problemas emocionais sérios. Positividade constante é uma forma de fuga, não uma solução válida para os problemas da vida — sobretudo porque esses problemas podem revigorá-lo e motivá-lo se os valores e medidas corretos forem aplicados. É simples: coisas dão errado, pessoas cometem erros, acidentes acontecem. Tudo isso deixa a gente na merda. E tudo bem. Sentir-se mal é um componente imprescindível da saúde emocional. Negar sentimentos ruins é perpetuar problemas em vez de solucioná-los.

É como Freud disse: “Um dia, quando olhar para trás, os anos de luta lhe parecerão os mais bonitos.”

Muitas vezes, a única diferença entre um evento doloroso e um poderoso é a sensação de que escolhemos passar por aquilo, de que somos responsáveis pelo nosso destino.

Crescimento pessoal é um processo infinitamente repetitivo. Quando aprendemos algo novo, não passamos de “errados” a “certos” — passamos de “errados” a “um pouco menos errados”.

Volta o conceito da lei invertida: quanto mais tentarmos estar certos em relação a alguma coisa, mais incertos e inseguros nos sentimos. Mas o oposto também é verdadeiro: quanto mais aceitamos a incerteza e a ignorância, mais confortáveis nos sentimos em não saber.

Aristóteles escreveu: “A marca de uma mente instruída é ser capaz de entreter uma ideia sem aceitá-la.” Conseguir avaliar valores diferentes sem necessariamente adotá-los talvez seja a principal habilidade para mudar a própria vida de forma significativa.

Só podemos atingir a excelência em algo se estivermos dispostos a falhar. Se você se recusa a correr o risco, não está disposto a ser bem-sucedido.

Dabrowski argumenta que nem sempre o medo, a ansiedade e a tristeza são estados de espírito indesejáveis ou inúteis. Pelo contrário: com frequência representam a dor necessária ao amadurecimento. Negar essa dor é negar nosso potencial. Assim como a dor muscular é necessária para fortalecer o corpo, a dor emocional é imprescindível se quisermos desenvolver resistência emocional, um senso mais agudo de identidade, mais compaixão e, em última instância, ter uma vida melhor.

A vida se resume a não saber nada e agir mesmo assim. Tudo na vida segue essa dinâmica inalterável. Isso não muda nunca.

Um professor de matemática que tive no ensino médio, sr. Packwood, dizia: “Se você está empacado num problema, não fique parado pensando; comece. Mesmo que não saiba o que está fazendo, o simples ato de entrar em ação e tentar solucionar o problema vai acabar fazendo as ideias certas aparecerem na sua cabeça.”

A ação não é apenas consequência da motivação; é também a causa.

A honestidade é um desejo natural da humanidade, mas um de seus efeitos colaterais é nos obrigar a ouvir e dizer “não”. Desse modo, a rejeição aprimora nossos relacionamentos e torna a vida emocional mais saudável.

A propósito, isso não vale só para relacionamentos românticos, serve também para relacionamentos familiares e amizades. Uma mãe dominadora, por exemplo, assume a responsabilidade por todos os problemas que surgem na vida dos filhos. A arrogância dela incentiva a arrogância nos filhos, que crescem acreditando que outras pessoas devem se responsabilizar pelos problemas deles. (É por isso que os problemas de relacionamento de um casal são assustadoramente semelhantes aos problemas de relacionamento dos pais de cada parceiro.)

A confiança é como um prato de porcelana. Uma vez quebrado, é possível reconstruí-lo, com algum cuidado e atenção. Duas vezes quebrado, partirá em mais cacos e consertá-lo levará muito mais tempo. Se a outra pessoa continuar a quebrá-lo, em algum momento será impossível restaurá-lo. Haverá cacos e poeira demais.

Seja ao dominar uma forma de arte, conquistar uma nova terra, obter riquezas ou simplesmente ter uma família grande e amorosa que continuará a existir por gerações, todo o significado da vida humana é moldado por esse desejo inato de nunca morrer.

A mente moderna, mimada, resultou em indivíduos que se sentem merecedores de algo sem se esforçar, que sentem ter direito a algo sem se sacrificar.

O livro pode ser encontrado na Amazon, no link abaixo:

E você, já leu este livro? O que achou dele?

Um abraço,

Marcelo.

Processando…
Sucesso! Você está na lista.

2 comentários em “A sutil arte de ligar o f*da-se

    1. eu também tinha esse pensamento, tanto que demorei bastante para ler. mas vendo algumas indicações, percebi que a linguagem chula é mais no título mesmo. não tem muito disso no livro, é bem pontual.

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